terça-feira, 17 de maio de 2011

Construção das Igrejas de Guaiúba

HISTÓRICO DE GUAIÚBA - I PARTE

         A historia religiosa da cidade de Guaiúba é a mesma da tradição brasileira desde seus primórdios. Todos os cidadãos de Guaiúba têm a religiosidade presente em suas vidas, seja pelos ensinamentos de seus ancestrais, seja pela importância que a cidade representa para a fé católica.
Para se conhecer as bases históricas de qualquer parte do território brasileiro, devemos ter em mente um refrão histórico: “O BRASIL, NASCEU AOS PÉS DA CRUZ”. Partindo de tal princípio, podemos então avaliar que Guaiúba não fugiu a regra. A cidade nasceu em 08 de setembro de 1682, como se pode verificar em um documento conhecido como “DATTA DE SESMARIAS”. Este documento validava a doação de terras, por parte do governo português, a donatários, que deveriam colonizar e desenvolver o lote doado.
Guaiúba nasceu primeiramente sob a denominação de Gayba pelos Tamoios, seus primeiros habitantes. Esta denominação foi mais tarde traduzida pelo ilustre escritor cearense, José de Alencar, como “POR ONDE CORREM AS ÁGUAS DO VALE”.
Contudo, a história guaiubana não começa exatamente após a doação das terras. Guaiúba apresenta um vazio histórico de aproximadamente cem anos. Somente a partir de 1775, é que se tem notícia dos primeiros ocupantes da região onde hoje estão localizados os municípios de Pacatuba e Guaiúba. Estabeleceu-se, nestas localidades, a família Costa e Silva.
A partir da vinda desta família, a vida espiritual da referida localidade começa a ganhar forma. Coube a Domingos da Costa e Silva, construir o primeiro estabelecimento espiritual em Guaiúba. Tal iniciativa foi decisiva para a concretização de um sonho: a construção da Igreja Matriz Jesus, Maria e José.
Após a morte de Domingão, como Domingos da Costa e Silva era conhecido, outros personagens da história guaiubana se tornaram responsáveis pela construção da igreja. Foram eles: Custódio Teixeira Lima, André Accioly e outros da referida família, Constantino da Costa e Silva possivelmente filho de Domingos da Costa e Silva, a família Frederico Araújo, além do apoio do Sr. João Correia Mendes, português que, durante muitos anos, foi uma importante liderança no município.
Finalmente , em 1899, a Igreja Matriz de Guaiúba foi concluída e inaugurada. Por volta do ano de 1930, chegam a cidade de Guaiúba, missionários de outras localidades, iniciando as Santas Missões.
Com o estabelecimento das missões, a cidade começou a se desenvolver. Guaiúba passou a ser conhecida pelos arredores, através do “Terço das Segundas”, ministrado e liderado pela Srª Antonia Araújo de Freitas (Dona Totônia), esposa do Srº Manuel Baltazar, um dos maiores defensores do paroquiato de Guaiúba; pelas festas na pracinha do santo cruzeiro construída pelo Sr. Lindolfo Accioly; pelas romarias e novenas e por fim, pela Capela do Santo Cruzeiro construída em 1939 e inaugurada em 1940.

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[1] Esse texto foi escrito pelo Professor Sinval Leitão Filho, sendo que o mesmo está sendo postado neste Blog sob a responsabilidade do Professor Antônio Carlos Sales Paiva autorizado pela filha do escritor a Prof.ª Dr.ª Fátima Maria Leitão Araújo.

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