quinta-feira, 18 de abril de 2013

IV DOMINGO DA PÁSCOA ANO C


Cristo ressuscitou, aleluia!
Sim, ressuscitou de verdade, aleluia!

Caros irmãos e irmãs,

No evangelho de hoje, Jesus usa uma imagem querida ao seu povo: a do pastoreio. Jesus é o pastor e aqueles que escutam a sua voz são as ovelhas. O rebanho escuta a voz do pastor, este conhece suas ovelhas e elas o seguem. Existe uma relação de confiança e de reciprocidade entre eles que começa pela escuta atenta, depois se torna conhecimento (experiência pessoal) até chegar ao seguimento. Quem fizer parte deste grupo não vai se perder e receberá a vida eterna. Para descobrir como isso acontece na prática precisamos percorrer as outras leituras.
Nos Atos dos Apóstolos, contemplamos Paulo e Barnabé chegando à cidade de Antioquia da Psídia. Eles estavam em missão e por isso entraram na sinagoga e começaram a pregar a Boa Nova. Muitos acolheram aquele anúncio e abraçaram a fé em Jesus (At 13,48). Eles foram instruídos pelos missionários e continuaram fiéis ao Evangelho mesmo depois que os dois foram expulsos da cidade.
Na voz e na mensagem de Paulo e Barnabé, aqueles homens e mulheres ouviram a voz do próprio Jesus. Podemos dizer que Jesus, o Bom Pastor, falou através destes missionários. Muitos ouvintes reconheceram a voz dele, se tornaram membros do seu rebanho e, por isso, entraram no caminho que conduz à salvação. Outros, porém, endureceram seu coração e não aderiram à mensagem da salvação. Por isso não reconhecem a voz do Pastor e não fazem parte do seu rebanho.
Hoje somos convidados a ouvir a voz do nosso único e bom Pastor, Jesus. Ele nos fala pelos missionários que pregam a boa nova; pelo seus representantes bispo, Papa, pároco, quando unidos a Ele e entre si pregam o Evangelho e conduzem seu rebanho no caminho da vida. Que não reconhece a voz do Bom Pastor através destas pessoas, não faz parte do seu rebanho, não entrou no caminho que conduz à salvação.
Na segunda leitura, do livro do Apocalipse, vemos o rebanho de Jesus chegando no seu destino final, nas alegrias celestes. Ali não haverá mais fome, nem sede, o sol não molestará mais porque o Cordeiro será o pastor que conduzirá seu rebanho às fontes da água da vida, e Deus enxugará as lágrimas de seus olhos. Ou seja, é um lugar de vida plena e de felicidade.
O autor do livro ainda nos diz algo que é de grande consolação para nós: o número dos que chegam ao céu é enorme, ninguém consegue contar, e eles vem de todos os lugares do mundo, de culturas diversas. Eles estão de pé, trajam vestes brancas e trazem palmas na mão. Tudo isso são símbolos da vitória da ressurreição de Cristo sobre a morte, o pecado e a perseguição. De fato, o ancião vai dizer mais à frente que eles vieram da grande tribulação (perseguição contra os cristãos autênticos), eles lavaram e alvejaram suas roupas no sangue do Cordeiro, ou seja, foram batizados, e por isso tiveram seus pecados perdoados e purificados pelo amor de Deus manifestado na doação integral de Jesus na cruz. Para aqueles que caíram novamente no pecado após o batismo, a Igreja nos concede o grande dom do sacramento da confissão, uma verdadeira renovação da graça do batismo na dimensão do perdão dos pecados, um lavar novamente de nossas vestes no sangue do Cordeiro.
É importante perceber que a Igreja neste domingo apresenta leituras que mostram todo o percurso do rebanho de Cristo: a escuta da sua voz, a adesão interior, o batismo que é um mergulho no amor de Deus, o seguir o pastor, o passar pelas tribulações sem fraquejar... até chegar às alegrias celestes, como rezamos no início da missa. Esse é o nosso caminho, esse é o nosso destino último. Cheios de esperança continuemos nossa caminhada comprometida e engajada rumo à Jerusalém celeste do Apocalipse.

Deus eterno e todo-poderoso, conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes, para que o rebanho possa atingir, apesar de sua fraqueza, a fortaleza do Pastor”(Oração coleta do IV domingo de Páscoa)

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