I. FUNDAMENTO BÍBLICO-TEOLÓGICO DO PROJETO
1. Dinâmica do Discipulado e da Missião
“Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos” (Mt 28,19), foi o que Jesus disse aos seus. Era mais que um desejo do Ressuscitado, era uma ordem, um mandado. A missão comunicada, porém, não é apenas pregar a Boa Nova, mas fazer que as pessoas se tornem suas discípulas. Uma missão árdua, que dura toda a vida, porque, ao contrário dos judeus, o discipulado dos cristãos é para sempre. O cristão é aquele que deve sempre aprender e seguir seu Mestre, até o final da sua vida terrena.
1. Dinâmica do Discipulado e da Missião
“Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos” (Mt 28,19), foi o que Jesus disse aos seus. Era mais que um desejo do Ressuscitado, era uma ordem, um mandado. A missão comunicada, porém, não é apenas pregar a Boa Nova, mas fazer que as pessoas se tornem suas discípulas. Uma missão árdua, que dura toda a vida, porque, ao contrário dos judeus, o discipulado dos cristãos é para sempre. O cristão é aquele que deve sempre aprender e seguir seu Mestre, até o final da sua vida terrena.
Jesus também indica como se deve fazer
para que os povos se tornem seus discípulos: batizando-os em nome da Trindade e ensinando-os a observar tudo que ele nos ordenou (cf. Mt 28,19-20).
Batizar significa mergulhar, imergir
a pessoa na vida trinitária para que ela conheça Deus não por ouvir dizer mas
por experiência própria. Este mergulho se dá de diversas formas, pela vida
fraterna, pelas orações comunitárias e pessoais, pelos sacramentos, principalmente
o do Batismo[1].
É através do batismo que a pessoa é mergulhada no Pai e no Filho e no Espírito
Santo. Ela se torna filha de Deus e membro da Igreja. Por isso, o verdadeiro
discípulo de Jesus é aquele que vive a graça do seu batismo, a primeira e maior
consagração.
Para fazer os povos discípulos de
Jesus é preciso também ensiná-los as
palavras do Mestre contidas na Sagrada Escritura e na Tradição da Igreja. Por
isso, a comunidade cristã primitiva era assídua ao ensinamento dos apóstolos
(At 2, 42) lendo todas as Escrituras (Antigo Testamento) a partir da vida e das
palavras de Jesus. Esta pregação apostólica foi posteriormente chamada de catequese.
Na nossa Igreja, todos os fiéis
são convidados a entrarem num caminho de discipulado através dos grupos de
catequese/reflexão, de adultos, de jovens ou de crianças. Nestes grupos vamos
ser mergulhados na vida trinitária através da oração, da vida fraterna e da
preparação ou renovação dos sacramentos. No grupo de catequese/reflexão também
ouviremos a Palavra de Deus através das Sagradas Escrituras ou da Tradição
(Magistério). Todos os que aceitarem entrar neste caminho de discipulado passarão
por um tempo de formação inicial (3 anos) e depois continuarão em grupos de
catequese/reflexão permanente. Estes grupos serão a célula primeira de todas as
comunidades que se formarem em nossa paróquia.
Todo discípulo de Jesus um dia se
torna também missionário. O evangelho de Lucas deixa isso bem claro quando
narra o envio não só dos doze apóstolos (cf. Lc 9,1-6) mas também dos setenta e
dois discípulos (cf. Lc 10,1-20). Após um período nos grupos de catequese/reflexão
o discípulo de Jesus percebe a necessidade de levar o evangelho para sua
família, seus amigos, seu trabalho, sua cidade ou distrito. É sob esta ótica
missionária que nossa paróquia vê as pastorais, os serviços, as festas de
padroeiros, as semanas missionárias, as festas folclóricas etc. A maioria
destes trabalhos ou atividades, deve acontecer em volta das pequenas
comunidades que nasceram a partir dos grupos de catequese/reflexão.
É importante lembrar que todo
missionário nunca deixa de ser discípulo. O evangelho de Marcos salienta isso quando
diz que Jesus escolheu Doze para que estivessem com ele e para enviá-los (Mc
3,14). Por isso, nenhum missionário pode sair do seu grupo de catequese/Reflexão
e da sua comunidade. Mesmo o coordenador da comunidade precisa estar inserido
em um grupo de catequese/reflexão e entrar na dinâmica do discipulado: ser mergulhado
na Trindade e aprender os ensinamentos de Jesus.
O envio missionário dos
onze é também envio de toda Igreja, não só dos sucessores dos Apóstolos.
Podemos afirmar que nossa paróquia também recebeu esta ordem: “Ide, portanto, e
fazei que todas as nações se tornem discípulos” (Mt 28,19). Ide, portanto, e
tornem os homens e mulheres, as crianças, adolescentes, jovens e idosos... da
nossa paróquia discípulos de Jesus. Para isso acontecer estamos propondo este
projeto de evangelização.
I.2. Espiritualidade da escuta
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[1] Como muitos de nós fomos
batizados enquanto criança e não experimentamos o batismo como algo pessoal,
fruto de um caminho feito que concede graças inefáveis e força para continuar o
seguimento a Cristo, precisamos pedir uma renovação do mesmo. Esta renovação
acontece a partir do encontro pessoal com Cristo que os grupos de catequese/reflexão
irão favorecer.
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